Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme: a doença mais comum do mundo


19 de junho marca o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme, uma data que convida à reflexão sobre uma das condições genéticas mais comuns do Brasil — e que, ainda assim, segue sendo pouco compreendida.

Mais do que uma questão médica, a Doença Falciforme também carrega aspectos sociais, raciais e históricos importantes. E é justamente por isso que a informação pode ser transformadora.

 

O que é a Doença Falciforme?

A Doença Falciforme é uma condição genética e hereditária que altera o formato dos glóbulos vermelhos do sangue. Em vez de serem redondos e flexíveis, como o habitual, eles assumem uma forma de foice (ou “falciforme”).

Essa alteração prejudica a circulação sanguínea e pode causar uma série de complicações, como:

 

  • Anemia crônica
  • Dores intensas (crises falcêmicas)
  • Maior risco de infecções
  • Acidente Vascular Cerebral (AVC)
  • Danos a órgãos como baço, rins e pulmões

 

A condição genética mais comum no Brasil

A Doença Falciforme é a hemoglobinopatia hereditária mais comum do mundo e tem alta incidência no Brasil, especialmente entre pessoas negras e afrodescendentes.

Estima-se que entre 60 mil e 100 mil pessoas vivam com a doença no país. A incidência é de cerca de 3,75 casos a cada 10 mil nascidos vivos, com maior prevalência em regiões com população afrodescendente significativa.

 

Diagnóstico precoce é chave para uma vida com mais saúde

A boa notícia é que a Doença Falciforme pode ser identificada logo nos primeiros dias de vida, por meio do Teste do Pezinho, disponível gratuitamente pelo SUS em todo o Brasil.

Essa triagem neonatal permite o diagnóstico precoce e o início imediato do acompanhamento clínico, o que pode reduzir drasticamente as complicações ao longo da vida.

Entre os principais cuidados precoces, destacam-se:

 

  • Uso profilático de antibióticos para evitar infecções
  • Vacinação especial
  • Suplementação de ácido fólico
  • Acompanhamento regular com equipe multidisciplinar

 

Triagem neonatal: equidade em saúde desde o nascimento

Em um país marcado por desigualdades, oferecer diagnóstico precoce através da triagem neonatal é um ato de justiça social. Afinal, a Doença Falciforme atinge, majoritariamente, populações historicamente marginalizadas.

Por isso, neste Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme, o chamado é claro: precisamos difundir conhecimento, combater o preconceito e fortalecer políticas públicas voltadas à triagem, ao cuidado e à inclusão.

 

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